
Foto 1: Eric Gaillard/Reuters Foto 2: Facebook Simone Barreto Silva
Mais um episódio violento na França chocou o mundo: desta vez um atentado na basílica de Notre Dame, em Nice, que vitimou três pessoas, dentre as quais a brasileira Simone Barreto Silva, com 44 anos de idade, que tinha nacionalidade francesa.
O homem responsável pelo atentado à faca gritou várias vezes a frase “Allahu Akbar” (Deus é grande), o que caracterizaria o ato como um ataque islâmico. Dias antes, um professor foi morto, também na França, por ridicularizar em sala de aula a figura do profeta Maomé, sagrada para todos os islâmicos.
Democracia à parte, a França vive um de seus piores momentos no que se refere à convivência com muçulmanos. Não há trégua na convivência, sobretudo quando surgem provocações, e o extremismo mostra sua face com vigor. Por mais que as autoridades francesas atuem com firmeza e rapidez, transparece que os radicais não se abalam, o que leva a população a sentir medo de viver em seu próprio país.
Logo a França, responsável pelo Iluminismo, pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, base da Democracia no mundo, sofrer com atentados dessa natureza é algo extremamente preocupante.
A população, atordoada, já não sabe o que fazer. O governo precisa adotar posturas mais rígidas em relação aos islâmicos no país, que ainda é dos franceses, antes que seja tarde.
Não se defende a xenofobia, sobretudo em um mundo globalizado mas, daí a permitir que grupos definidos levem risco e morte aos cidadãos do país é lamentável, e nenhum outro Estado tem o direito de contestar qualquer atitude de banimento ou impedimento de ingresso de islâmicos na França, caso o governo opte por essa postura.
Sabe-se que nem todos os islâmicos ou muçulmanos endossam diretamente essa postura mas, quando se calam e permitem que esses radicais convivam entre eles, indiretamente dão suporte a esse tipo de conduta violenta e atroz.
Fala-se muito da preocupação com a subida ao poder da extrema direita francesa mas, a continuar desse modo, ela estará cada vez mais próxima do poder, podendo, inclusive, nas próximas eleições, surpreender a todos, o que seria ruim, pois nesse caso todo estrangeiro seria penalizado com políticas nacionalistas radicais, o que não é certo.
Quando o radicalismo fala mais alto em um país, da forma como ocorre com a França, é legítimo que, no interesse supremo da nação, o governo adote medidas não usuais e nada diplomáticas, antes que o próprio cidadão passe a fazer justiça com as próprias mãos. Quando o Estado não atua com rigor, o povo acaba por se ver no direito de corrigir as falhas, mesmo que cometendo outras iguais ou piores.
A França, aliás, já deu exemplo disso para o mundo com a queda da Bastilha, quando o rei e a rainha, além de vários nobres, foram decapitados e a monarquia banida do país com um banho de sangue.
É melhor para o governo do presidente Emmanuel Macron ter eventuais problemas diplomáticos, a ver amargar e minguar a confiança do povo na sua capacidade de governar o país e de garantir segurança para o cidadão francês.