
Em 01/01/2021 entrou em vigor um acordo firmado em 2019, entre 54 países africanos, que prevê a criação da Zona de Livre Comércio Continental Africana – Zlec, a maior área de livre comércio do mundo, quando considerado o número de países participantes.
Firmado em 2018 por 54 dos 55 países membros da União Africana, o bloco econômico soma mais de 1,3 bilhão de pessoas e um PIB conjunto de US$ 3,4 trilhões.
Um dos objetivos desse acordo é reduzir a extrema pobreza no continente, havendo a chance de que os resultados iniciais da Zlec retirem mais de 30 milhões de pessoas dessa condição.
Como meta principal do novo bloco econômico está o estímulo do comércio entre os países participantes, aumentando os índices que variam entre 16% e 18% de transações entre nações africanas.
Trata-se de mais um complicador para as relações comerciais brasileiras, já que o nosso país adotou uma postura mais reservada e apartada dentro do Mercosul, e em relação a importantes mercados consumidores do mundo, como a China, Índia e Rússia, além de apresentar problemas pontuais nas exportações para a Europa e os EUA.
Se houver planejamento estratégico dentro do novo bloco, com o fim de atrair investimentos para o continente, além do estímulo ao comércio interno, o fluxo de interesse mundial por commodities poderá mudar, deixando, por exemplo, o Mercosul em difícil situação, o que inclui, de forma majoritária, o Brasil.
Enquanto isso, responsáveis pela nossa política e diplomacia externa agem como se ainda fôssemos a última cereja do bolo para atrair negócios e investimentos, cheios de caprichos e posturas reprováveis.
Aqui você já sabe: virou notícia, Brasil Comenta.