
Recentemente o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a CPFL e a prefeitura de Campinas/SP a pagarem indenização e um salário mínimo cada a dois jovens que tiveram seus membros superiores amputados por conta de uma descarga elétrica, em decorrência da tentativa de retirar uma pipa de uma árvore.
A árvore não havia sido podada, encobrindo a fiação de rua. Quanto um dos garotos utilizou uma barra de ferro para alcançar a pipa, esbarrou, sem ver, na rede elétrica que estava oculta pela copa de uma árvore, sofrendo forte descarga.
A incúria dos gestores da prefeitura e da CPFL em realizar a poda criou a possibilidade desse fato ocorrer, já que a árvore está em via pública, assim como a fiação. A responsabilidade decorre do dever do poder público e de seus concessionários zelarem pela segurança dos serviços oferecidos à população. No caso, a poda deveria ter sido realizada para garantir a segurança da rede elétrica.
Aliás, a CPFL tem um estranho modo de proceder já que, para a realização de poda de alguma árvore próxima à rede, a empresa exige que haja faiscamento, conforme imagem abaixo, extraída de seu site.
Se a prevenção de acidentes é essencial, como exigir que hajam faíscas para que o serviço seja realizado?
Como fica, então, uma árvore na situação abaixo, que aguarda há mais de oito meses a poda, entremeada de fios? Será necessária a ocorrência de uma tragédia para que o trabalho seja feito?
Que sirva de exemplo para a nova gestão municipal de Campinas/SP, para que não procrastine a poda de árvores nessa situação na cidade como, infelizmente, vem ocorrendo.
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