
Mesmo com hospitais como Albert Einstein e Sírio e Libanês sem leitos de UTI para Covid-19, o governador João Dória, temendo a reação do comércio e indústria, reluta em aceitar a realidade e decretar lockdown no estado.
Ele está, inclusive, criando certa animosidade com membros do comitê de Covid-19 do estado, porque não está endurecendo o suficiente as medidas de proteção.
Os paliativos até agora empregados não surtiram e continuarão a não surtir efeitos, ante ao aumento avassalador da contaminação e de mortes.
Se o governo adotasse uma alternância de fases, já ajudaria bastante, sendo uma semana fase vermelha e outra fase laranja. Não haveria a necessidade de fechar, por longo período, o comércio e as empresas.
Outra alternativa ao lockdown seria liberar o funcionamento de estabelecimentos comerciais por 24hs, de modo que fosse diluída a presença de pessoas. Um pacto entre Associação Comercial, Fiesp, Sindicatos e o Ministério Público do Trabalho renderia bom resultado, pois não inibiria o consumo, mantendo o faturamento dos estabelecimentos, ao mesmo tempo em que empregos seriam preservados e as medidas de isolamento prestigiadas, já que aglomerações seriam diluídas.
O mesmo poderia ser feito com os transportes coletivos, que deveriam ser aumentados, evitando muitas pessoas em ônibus, trens e metrô.
É hora de usar a objetividade e a criatividade. Não é possível que continuemos a ter um número crescente de contaminados sem nenhuma medida mais dura de combate. Não há mais leitos disponíveis em inúmeras localidades. Em três semanas, estima-se, não haverão mais leitos disponíveis de UTI no Estado de São Paulo.
Morte certa para contaminados em estado grave.
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