
*imagem: Congresso em Foco
Nem bem o problema com o INSS veio à tona, e mais uma picaretagem submerge de águas turvas e profundas, no verdadeiro pântano em que o governo se converteu.
Trata-se de um escândalo no valor de 48 milhões de reais envolvendo desvios na compra de respiradores usados em pacientes com COVID.
Conforme apurado pelos colunistas Aguirre Talento e Natália Portinari, do UOL, com exclusividade, o dinheiro foi desviado para várias contas bancárias e serviu para, dentre outras coisas, a compra de veículos de luxo e o pagamento de 150 faturas de cartão de crédito.
A empresa Hempcare, que recebeu o pagamento, pulverizou em tempo recorde o montante em várias contas correntes, algumas delas de empresas e pessoas que nenhuma ligação teriam com respiradores para COVID, segundo investigação da Polícia Federal.
E como não poderia deixar de ser, essa é mais uma resma que afeta diretamente a credibilidade do governo Lula, pois o presidente do Consórcio Nordeste, responsável pelos pagamentos em 2020, era ninguém menos do que o atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Ou seja, mais um Walking Dead sai do armário para ajudar no cerco ao governo, desta feita se posicionando praticamente na ante-sala do presidente.
Com tantos problemas surgindo no governo, que já vive uma acentuada estiagem de popularidade, muita gente em Brasília deve estar se perguntando sobre a conveniência de apoiar essa gestão. Há quem diga que, atualmente, nem Freud explicaria essa postura.
Afinal, o governo somente é notícia e tem destaque na imprensa por erros ou fraudes. Quanto aos seu programas e projetos, por mais esforço que faça, o alcance é diminuto.
Em um ano pré-eleitoral normalmente a pergunta para quem está no governo gira em torno dos projetos que irá lançar, e sobre as alianças que fará, visando o próximo pleito.
No caso do atual governo federal, a curiosidade é sobre qual será o próximo prego no caixão político do PT e do próprio presidente, que tem em seus aliados mais próximos uma fonte inesgotável de problemas.
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