Na última segunda-feira, 01/08, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Deputada Nancy Pelosi, desembarcou em Taiwan, realizando um ato corajoso e extremamente perigoso para as relações internacionais entre a China e os EUA.
O governo chinês reagiu com fúria à atitude da parlamentar americana, considerando uma afronta à unidade da China que um representante do governo americano visite Taiwan.
Como poucas vezes visto, o presidente chinês Xi Jinping perdeu a compostura e membros do seu governo, em entrevista, expressaram que haverá consequências para os EUA.
De outro lado, os EUA se defendem dizendo que Nancy Pelosi tem o direito de viajar à Taiwan, como qualquer outra pessoa, e que não há qualquer sentido nas críticas chinesas.
A Rússia, interessada em aguçar conflitos com os EUA, defendeu a postura do seu aliado, a China, criticando o governo americano.
Para o Secretário Geral da Onu, António Guterres, “a humanidade está a um erro de cálculo da aniquilação nuclear”.
Se foi proposital ou não, a visita de Nancy Pelosi a Taiwan expôs a fragilidade das relações internacionais hoje no mundo, principalmente demonstrando que o governo chinês, ao que parece, não é tão sereno quanto pretende demonstrar, quando alguém esbarra em seus interesses.
Ao mesmo tempo em que a China, por meio de seus conglomerados econômicos, invade o mundo adquirindo outras empresas, propriedades e se tornando responsável por obras e serviços de grande vulto e importância estratégica dentro de vários países, ela mantém um regime político fechado, com viés totalitário, que não admite pensamento político diverso do oficial, emanado do partido comunista chinês.
Sob o aspecto político dentro dos EUA, este movimento de Nancy Pelosi pode significar que nem todos pisam em ovos no governo americano, soando como um recado de ousadia e destemor, dirigido aos que imaginam que todos os líderes democratas têm as mesmas fragilidades apontadas por críticos à política externa do presidente Joe Biden.
A parlamentar está se cacifando para o próximo pleito, em novembro deste ano, e deixando claro que o seu estilo é mais arrojado que o do presidente americano e sua equipe, deixando marca para a próxima eleição presidencial.
O mundo precisa estar atento às formas de represália que a China poderá adotar, não se esquecendo de que saímos de uma pandemia de Covid-19 e ingressamos em um surto de Varíola dos Macacos, o que fragilizou demais a todas as nações, sob vários aspectos.
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