A prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, está tirando o sono das hostes bolsonaristas.
Após vários meses de investigação, a Polícia Federal chegou à conclusão de que existem indícios de corrupção (e de improbidade administrativa) suficientes para justificar um pedido de prisão preventiva à Justiça, que prontamente o concedeu em relação ao ex-ministro e a outros investigados.
Agora, resta saber quando e o quê poderá ser revelado pelo ex-ministro, cuja imagem será a única totalmente manchada caso deseje proteger quem o jogou para o sacrifício, no caso, o presidente Bolsonaro.
Não é possível crer que o esquema revelado pela imprensa, após denúncias de prefeitos, seja realizado sem a participação ou conhecimento de mais agentes públicos importantes, sem contar as lideranças evangélicas apoiadoras do governo federal.
Foi um esquema obsceno, visando utilizar prestígio e influência junto ao governo para obter lucro pela liberação de verbas de fundos voltados à Educação.
Vale lembrar que o ministério com o pior desempenho neste governo é o da Educação. Parece inexistente, mas quando aparece está geralmente vinculado às páginas policiais ou a problemas de seus titulares.
O castelo de cartas até então construído pelo atual governo está desmoronando, e as figuras mais isentas estão se escondendo ou tentando descolar sua imagem do presidente, sobretudo quando as pesquisas eleitorais apontam que estar junto a Bolsonaro, em algumas regiões do país, é um mal negócio.
A continuar desse modo, até o final do atual mandato, o governo será um armário cheio de cupins. Sem conserto, o melhor será jogar fora.
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