BRASIL: UM PARTIDO WALKING DEAD

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A imprensa não se cansa de mostrar o grave problema que o governo Lula 3 possui – envolvendo o PT e o próprio presidente – o qual se resume em total anacronismo de ideias e ações, bem como na perda da capacidade de se comunicar com a sociedade, sobretudo com os segmentos da classe média.

O que se tem hoje é um governo que bate cabeça dentro de casa, cujos integrantes petistas – que não largam o osso por nada – não conseguem agregar votos para o governo no Congresso Nacional, e o pior, ajudam no derretimento da aprovação do presidente Lula com a falta de expressão e baixa representatividade país afora.

Essa é a realidade: o PT é o seu próprio algoz, na medida em que não se atualizou para usar com eficiência as redes sociais,  não gerou novas lideranças para a sua sobrevivência, e ainda dispara baterias constantes de fogo amigo contra alguns poucos que apresentam lucidez política ou técnica no cargo que ocupam, como é o caso do Ministro da Economia Fernando Haddad.

De modo geral, o maior problema do presidente Lula, além da forma ultrapassada de governar ( muito encastelada, sem conversa com os aliados) e das falhas de comunicação, é o próprio PT. Isto porque a sanha petista por poder contribui para que o presidente não se dedique a entronizar lideranças de outros campos políticos no governo, o que lhe garantiria maior governabilidade, algo que o PT jamais conseguiria nesta legislatura.

É preciso lembrar que o PT, atualmente, é um partido “Walking Dead”, na medida em que caminha a esmo, sem projeto nacional, sem identidade com a população e sem renovação política, apresentando sinais de vida apenas quando surgem mais cargos para ocupar, em uma fome insaciável. Parece que os seus integrantes têm a ideia de que o verdadeiro partido é o personalismo incorporado na figura do presidente Lula. Ele é o partido em si mesmo.

A ideia de “comer cérebros”, protagonizada pelos mortos vivos da renomada série “The Walking Dead” nunca foi tão correta para o PT como agora. Qualquer um que destoe da alienação coletiva em que a legenda aparentemente vive, emitindo sinais de maior percepção da realidade do país, vira alvo e poderá ser destroçado.

Se o presidente quiser melhorar o seu desempenho é hora de tratar com pragmatismo os partidos de centro, colocando seus indicados ou expoentes no governo e em postos relevantes, com autonomia para o trabalho estabelecido. Não dá mais para manter o “cercadinho” do fraquíssimo PT, que desde os escândalos de corrupção do passado jamais se recuperou na preferência popular.

O presidente deve mudar, pois não será o seu partido ou a sua militância que o ajudará a recuperar a sua popularidade. Será ele próprio, agindo como fez nos governos 1 e 2, interagindo mais com os aliados no Congresso Nacional, otimizando sua combalida comunicação e agindo com mais intensidade nas questões prioritárias para o país.

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Sobre José Vieira 199 artigos
Professor, Jornalista, Bacharel em Direito(com OAB), Servidor Público, Pós-graduado em Direito da Comunicação Digital, MBA em Gestão Pública, Pós-graduado em Direito Administrativo

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