Depois de vários escândalos sucessivos envolvendo membros do governo e ele próprio, Boris Johnson concede entrevista hoje (07/07/2022) defronte a residência e anuncia que deixará o cargo de primeiro-ministro britânico.
Visivelmente abatido, Boris diz que está triste por deixar o que considera “o melhor emprego do mundo”, mas respeita a vontade do partido conservador, que lhe assegura a governabilidade.
Boris esclarece que o efeito manada ocorrido em seu governo, com a saída de vários membros do partido nas últimas 48 horas é algo significativo e que merece ser considerado.
Ele destacou, ainda, o período em que teve a honra de ser primeiro-ministro, conhecendo pessoas de todo o Reino Unido com imensa criatividade e amor ao país.
Diferente do que ocorre aqui, os governantes prestam contas de seus feitos, inclusive a seus pares, pois todos prezam algo que para eles é extremamente valioso: a reputação ilibada. Sem isso não adianta se candidatar a nada no Reino Unido, bem diferente do que ocorre aqui no Brasil, onde para muitos a fidelidade partidária é uma ilusão, a vergonha de erros cometidos uma piada, e o povo um contingente a ser iludido a cada eleição.
Com todos os seus defeitos e vários acertos, Boris Johnson merece respeito; justamente por respeitar o seu partido e os cidadãos britânicos. Um país política e socialmente desenvolvido é assim.
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