Não é de agora que a população reclama da falta de correção da tabela do imposto de renda no Brasil, haja vista o peso que o tributo tem na vida de cada cidadão.
Com a mesma preocupação, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais expõe estudo segundo o qual de 1996 até junho deste ano, a tabela do Imposto de Renda acumulou defasagem de mais de 147%.
Caso fosse aplicada, a faixa de isenção subiria de R$1.903 para R$4.670, beneficiando a camada mais pobre da população, justamente o contrário do que ocorre hoje.
Em relação às grandes rendas o impacto da correção seria menor. O estudo mostra o seguinte exemplo: uma renda declarada de R$50 mil, que atualmente paga R$12,8 mil, passaria a pagar R$11,6 mil, uma diferença de 11%.
Como se observa, a correção da tabela seria uma medida mais benéfica a quem ganha menos no país, permitindo, inclusive, que as pessoas tenham mais dinheiro para consumir ou guardar.
Não obstante o estudo feito pelo sindicato, o Ministério da Economia não se manifesta a respeito.
Praticamente quatro anos de mandato se vão e o atual governo não conseguiu realizar uma reforma tributária. Se quisesse, teria conseguido, como se percebe pela aprovação da PEC Emergencial, que cria um rombo futuro nas finanças do país.
A população é empobrecida pelos altos preços de produtos, pela falta de empregos e de bons salários, além de sofrer os efeitos de uma política tributária perniciosa. Isso tem que mudar.
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