Muito se tem falado acerca do aumento da construção de edifícios residenciais nas cidades, sendo esta uma tendência mundial.
Cidades como Campinas, no interior do estado de São Paulo, vivem esse momento considerado grandioso, mas é preciso cuidado não só com o aumento de moradias em um único espaço, ou seja, o compartilhamento vertical do solo ou verticalização das moradias.
Não obstante as vantagens em termos de segurança, é preciso dizer que o impacto ambiental e de mobilidade urbana são significativos.
É fundamental que as construções verticais sejam precedidas de estudos ambientais e de mobilidade urbana nas regiões e cercanias afetadas pelo empreendimento.
Por meio de um raciocínio simplista, em uma área onde antes havia uma moradia, com pequena demanda da rede de esgoto, e baixa circulação de veículos, ao ser construído um prédio com capacidade para 40 apartamentos, a mudança na demanda será extremamente traumática para a região.
A rede de esgoto será muito mais exigida, assim como a rede elétrica e o próprio fornecimento de água.
Já no quesito trânsito, a situação fica ainda mais séria, pois de onde partiam um ou dois carros, haverão agora por volta de 80, calculando-se 02 por habitação, no exemplo citado.
O impacto nos horários de pico – saída para o trabalho ou escola – serão muito maiores, certamente provocando engarrafamentos e consequente redução da mobilidade.
Essa situação é facilmente perceptível em cidades como São Paulo, que padece com trânsito intenso a qualquer hora, o mesmo ocorrendo com a sobrecarga da rede elétrica e de esgoto.
Para um crescimento saudável é fundamental estudar os impactos da construção de moradias verticais onde antes não haviam, para que transtornos sejam evitados e áreas antes adequadas sob o ponto de vista de infraestrutura de esgoto e viária suficientes para atender a uma demanda significativamente majorada.
Essa é uma forma de preservar o meio ambiente e a qualidade de vida do cidadão.
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