Lamentável a situação em que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães se meteu.
Depois de uma gestão revolucionária no banco, que avançou na informatização de suas atividades e ganhou maior competitividade em vários segmentos de negócios, denúncias de assédio têm tirado o sono do governo federal e do ex-presidente acusado.
A cada dia mais e mais funcionárias relatam casos de assédio cometidos por Pedro Guimarães, um executivo de sucesso que, ao que tudo indica, pode ter perdido a mão em meio ao êxito obtido na gestão do banco.
Em que pese o respeito que merecem as vítimas, é preciso lembrar que o linchamento público que ocorre se dá, até onde se sabe, sem processo formalmente iniciado para apurar com clareza os fatos.
Só as denúncias são divulgadas pela imprensa, sem que provas cabais sejam apresentadas. Até o momento, pelo noticiado, há somente as acusações e a refutação dos fatos pelo acusado. Não foi divulgada nenhuma prova do que foi dito pelas partes, principalmente no que se refere às supostas vítimas.
De outra feita, circulam na Internet imagens de uma das acusadoras, integrante do Conselho de Administração da Caixa, posando ao lado do pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad.
Se são montagens ou não, isso precisa ser apurado, de modo que não restem dúvidas quanto ao verdadeiro objetivo das denúncias: se são contra atitudes do executivo ou tentativa de desmoralizar o governo em época eleitoral, por motivação política.
É legítimo e necessário que esse tipo de assédio seja apurado e o responsável punido nos termos da lei, caso culpado. Porém, cautela e certa reserva são essenciais tanto na divulgação do ocorrido como na apuração, para que eventuais enganos ou má-fé não ocasionem danos irreparáveis a alguém.
Aguarde-se, portanto, o trabalho da polícia e da Justiça para estabelecer responsabilidades e sanções.
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