Ao reagir a uma ofensa verbal perseguindo um homem com uma arma em punho, a Deputada Federal Carla Zambelli expõe o grave erro da política armamentista do governo federal, e o seu risco para a sociedade.
O fato ocorreu na tarde de sábado (29/10), na Alameda Lorena, situada em um bairro nobre dos Jardins, em São Paulo.
Conforme veiculado pela imprensa, ela estava com vários apoiadores em um bar, falando sobre política, quando um jornalista que estava próximo a mandou “ tomar no …”.
Imediatamente se formou uma confusão e, fora do estabelecimento, em meio à discussão, o homem teria lhe dito “te amo espanhola” trecho de uma música da dupla Sá e Guarabira.
Neste momento a deputada se descontrolou totalmente e partiu para a agressão, tentando pegar o cidadão à unha, inicialmente.
Logo em seguida, quando um dos seus apoiadores ou segurança correu de arma em punho em direção ao jornalista, a deputada saca uma arma e atravessa a rua, de arma em punho, até o encontro do homem, que estava escondido em uma padaria, temendo ser alvejado.
A deputada ingressa no recinto com a arma apontada, momento em que várias pessoas tentaram interferir. Ela foi controlada e o jornalista saiu correndo do local, acompanhado de amigos com os quais conversava antes da agressão.
O episódio, filmado e amplamente divulgado, demonstra o caos em que a sociedade brasileira foi mergulhada com a liberação do uso armas em grande escala para a população.
Este é o segundo caso envolvendo pessoas que conhecem a legislação e ocupam ou ocuparam cargos de destaque no país e o uso irresponsável e criminoso de armas.
A deputada informou que tem o porte federal e disse que não cumpre resolução da Justiça que considera ilegal, referindo-se à proibição para o uso de armas por qualquer cidadão, próximo a locais de votação, no dia anterior e naquele em que a votação ocorrerá.
A declaração aberta de que não cumpre ordem judicial que considera ilegal é mais um escárnio feito ao Poder Judiciário, e que representa sério incentivo à desobediência civil.
Nem Estado Democrático de Direito sobrevive sem a submissão à Lei e às decisões judiciais, garantido o amplo direito de defesa, o devido processo legal e o acesso ao duplo grau de jurisdição.
Ao agir de forma totalmente descabida e irresponsável, a parlamentar dá um péssimo exemplo aos cidadãos, sobretudo aos mais jovens, de que tudo é permitido, inclusive o desrespeito às instituições e poderes constituídos.
O que causou estranheza para muitos foi, conforme abordado pela mídia, a Polícia Militar não ter atendido o local com a presteza e eficiência de sempre, sobretudo em uma área nobre da capital paulista.
Até agora não houve manifestação oficial alguma das autoridades competentes sobre o caso.
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