Em qualquer local civilizado, o pretendente a um cargo eletivo deve ter raízes com a região, residir nela, trabalhar, enfim, ter afinidades que permitam saber quais mazelas devem ser sanadas.
No caso de candidatos “forasteiros” tem-se um risco para toda a sociedade e uma ilusão para aqueles que acreditam que alguém, por ser de outro estado, seria melhor do que os nativos, como pensa a maioria do eleitorado do advogado Sérgio Moro.
Recentemente, o TRE de São Paulo decidiu por anular a transferência de domicílio eleitoral de Sérgio Moro em razão dele não residir no estado de São Paulo, e tê-la realizado às pressas, para preencher – de modo não condizente com a exigência legal – diga-se de passagem, esse requisito para a candidatura.
Além de uma derrota para si, Moro conseguiu abrir caminho para que a candidatura de Tarcísio de Freitas (que declarou como residência no estado a casa de sua cunhada) sofra o mesmo revés na justiça, com o agravante de que, com os recursos que virão, a questão chegue ao STF, que tem tudo para fazer prevalecer o correto entendimento do Tribunal Regional Eleitoral paulista.
Além de Tarcísio, Marina Silva também teria dores de cabeça com essa situação, deixando o Fernando Haddad sem uma possível vice.
É bom que tenhamos autoridades com bom senso e técnica para corrigir desvios e apontar o modo correto de fazer as coisas: estritamente conforme a lei. Se alguém já começa desse jeito, como irá se conduzir? Só falta, agora, alegar desconhecimento da lei…
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