Nos últimos 30 anos nunca se viu no Brasil uma disputa presidencial que focasse tanto em questões menores.
Religião e costumes entraram em cena deixando temas como a economia, a pobreza, educação, saúde e sustentabilidade em um patamar secundário.
Um retrocesso imenso campeia no cenário político quando o “eles contra nós “ tem destaque, pelas razões mais medíocres possíveis.
Em meio a uma crise social acirrada, candidatos buscam satisfazer desejos de grupos específicos da sociedade, menosprezando os interesses de todos.
Sejam evangélicos, católicos, espíritas ou ateus, os cidadãos merecem mais soluções para o desemprego, fome, educação e saúde no país, problemas que se aprofundaram na sociedade.
A incerteza sobre o futuro é gritante, e segmentos expressivos da sociedade civil organizada prendem-se a uma pauta egoísta e preconceituosa, desagregadora por excelência.
É preciso parar com esse jogo mesquinho de interesses e pensar no Brasil, antes que seja tarde.
Questões de religião e costumes podem e devem ser tratadas no Congresso Nacional, já eleito, e não por candidaturas majoritárias à presidência da República.
Destas se espera muito mais: plano de governo e projeto de país que contemple os valores democráticos e administrativos comuns a qualquer nação civilizada em um Estado Laico, como é o nosso. O resto é proselitismo político.
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