É certo que a vontade da maioria do povo brasileiro prevaleceu, e o ex-presidente Lula é, incontestavelmente, o presidente eleito do Brasil.
Apesar dos vários problemas que o país enfrenta, por conta do radicalismo que campeia, assentada a poeira e tratadas as feridas, o momento do país retomar o rumo está próximo, com os trabalhos preliminares da equipe de transição.
Será um trabalho árduo, sobretudo pelas carências sociais que atingiram dimensão estratosférica, com 36 milhões de pessoas miseráveis e famintas, num país que se projeta como o celeiro do mundo.
Daí se pergunta: qual a lógica de se ostentar uma fama como esta, se milhares dos nossos compatriotas têm fome e estão à mercê da sorte?
Este será um ponto crucial de atuação do próximo governo, que sabe a responsabilidade que possui: gerar empregos, renda e com isso reduzir o número de dependentes de auxílios governamentais, ou seja: resgate da dignidade e da autoestima do povo.
Graças ao orçamento mal produzido pelo atual governo, e os seus gastos visando a sua manutenção, caberá à equipe chefiada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, garimpar espaço para a destinação, já no primeiro ano de mandato, de recursos para as pautas fundamentais do país.
Isso passa, inclusive, pela programação de revisão das reformas da previdência e trabalhista, e pelo início de uma discussão madura e concreta sobre a reforma tributária.
Eliminar distorções existentes em questões relevantes é fundamental para um bom começo . Seria, também, o alicerce para a implementação de mudanças mais profundas, seja na administração pública e na economia, mantendo a mão firme e equalizadora do Estado em áreas sociais, ajudando os mais pobres, ao mesmo tempo em cria condições para o comércio e indústria se desenvolverem com menos burocracia e impostos.
Se o futuro governo seguir um modelo de gestão econômica e social que remeta ao alemão, francês ou inglês, grande será ao expectativa de êxito.
Se conseguir recuperar a confiança internacional, sobretudo dos empreendedores, e fizer o mesmo com os congêneres nacionais, o país terá asfaltado o caminho para a geração de mais oportunidades em vários aspectos.
Há muito o que fazer pelo país e muita contrariedade a ser vencida, muitos ressentimentos a serem superados mas, ainda assim, é possível crer que o bom senso, a consciência social e o pragmatismo tragam bons resultados.
É hora da sociedade entender que, cindida, não chegaremos a bom termo.
Os brasileiros devem ter forças para se unirem em torno das pautas apresentadas pelo futuro governo, apoiando ou criticando de forma construtiva, visando sanar mazelas e engrandecer o país, em busca de uma sociedade mais humanizada, justa e próspera.
Afinal, este é o desejo de todos. Deixemos as paixões políticas de lado, por verdadeiro amor ao Brasil .
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