A negociação das pautas fundamentais do governo eleito deve ocorre no próximo ano, com o novo Congresso Nacional.
O início dos trabalhos agora implicaria em uma perigosa negociação que amarraria o poder do presidente eleito quanto a escolha dos comandos da Câmara Federal e do Senado, cruciais para a implementação de todos os projetos existentes.
Pontos sensíveis poderiam ser barganhados pelo atual parlamento, inibindo mudanças profundas em áreas sensíveis, como a política de armas, uma reforma da segurança pública, e a alteração da tabela do imposto de renda, além da própria pauta social de combate à fome e a questão ambiental.
Ao negociar agora a aprovação de uma PEC, o governo eleito terá que gastar muito mais energia, e se expor mais do que se o fizer com um parlamento com o qual tenha negociado uma frente ampla de apoio.
Ficar à mercê do atual presidente Arthur Lira, aliado do atual presidente,neste final de mandato, é dar força e sobrevida a quem as perdeu com a derrota do atual presidente.
Liberdade para apoiar um nome de sua base de apoio é fundamental para os próximos dois anos, cruciais para o futuro governo.
É melhor aguardar o próximo ano, não eleitoral, e prosseguir negociando uma ampla e forte base de apoio para o próximo governo, que poderá aprovar a pretendida PEC com menos desgaste. Preserva-se, assim, o poder de ação do futuro presidente Lula.
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