BRASIL: HIDROGÊNIO E AMÔNIA DO NORDESTE PARA EXPORTAÇÃO?

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Conforme reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo, em 24/03/2024, o Nordeste brasileiro terá condições de produzir hidrogênio e amônia verdes para exportação em larga escala.

Pergunta-se: e o Brasil? Não poderíamos utilizar essa tecnologia para criar mais um combustível não poluente, para uso dos brasileiros? Será que só interessam ao governo os dólares provenientes da balança comercial, enquanto amargamos preços altos dos combustíveis fósseis e também do álcool, além de elevado preços e incertezas quanto aos carros elétricos?

Ao que parece, o verdadeiro nacionalismo já morreu. Foi substituído por bravatas e devaneios ensandecidos, que não levam a lugar algum, só potencializam crises intermináveis dentro do país.

Sabe-se que o hidrogênio pode ser utilizado, e já o é , em países como a Alemanha e Japão com grande sucesso. Qual seria a razão de não implementarmos no Brasil esse tipo de tecnologia nos veículos automotores? Por quê o Brasil reluta em oferecer o melhor para o seu povo, deixando tudo para países estrangeiros? Se esse é o nacionalismo do governo, dispenso.

Creio que já passamos da hora de oferecer, efetivamente, o melhor do Brasil para os brasileiros, e deixarmos de almejar títulos internacionais, seja para o país ou seus governantes de plantão, pois estes nada valem, de fato.

O que interessa é uma condição de vida melhor e mais barata para os cidadãos, que arcam com a segunda maior carga tributária do mundo. Estamos vivenciando, há anos, um colonialismo às avessas, no qual o próprio país se assume como colônia no cenário internacional e delapida o seu patrimônio, deixando o povo à míngua. 

Se temos tecnologia e fontes limpas de energia, qual o motivo de não as empregarmos aqui? Todos os países desenvolvidos fazem isso. Não se prostram diante de exigências internacionais por acordos que lesam o país e beneficiam outras nações.

É hora de mudar essa cultura, fazendo com que exemplos de desenvolvimento nacional sirvam para alavancar exportações, e que estas ocorram mantendo um percentual mínimo de atendimento às demandas nacionais.

Basta observar a conduta dos países desenvolvidos: eles nunca geram riqueza e valor tendo como alvo principal a exportação. Primeiro vem o mercado interno, depois os outros. 

A olhos vistos, a globalização está ruindo, principalmente com a proteção europeia e americana para seus mercados, e a ofensiva contra imigrantes. Outro componente que contribui para essa situação é o avanço russo sobre a Europa, que já se arma para retalhar possíveis ofensivas, como é o caso da Suécia, que comprou mais de trezentos blindados da Finlândia, provavelmente temendo alguma ação beligerante russa.

Enquanto isso, no Brasil, vivemos alienados e mantendo a cultura extrativista fútil, que só degenera nossas riquezas naturais e dá vantagens a terceiros. Realmente, o nacionalismo saudável parece ter abandonado estas terras.

Aqui, você já sabe: virou notícia, Brasil Comenta.

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Sobre José Vieira 176 artigos
Professor, Jornalista, Bacharel em Direito(com OAB), Servidor Público, Pós-graduado em Direito da Comunicação Digital, MBA em Gestão Pública, Pós-graduado em Direito Administrativo

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