ELEIÇÕES BRASIL: CATÓLICO OU EVANGÉLICO? SOU DE VOTO!

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*Pastor Everaldo e o então Deputado Federal Jair Bolsonaro, às margens do rio Jordão, em Israel, onde foi batizado – 2016.

 

A presença do presidente e candidato Jair Bolsonaro em Aparecida/SP, no dia da Padroeira do Brasil, transpareceu, aos olhares mais atentos, um escárnio à religiosidade do povo católico, que não deve ser relevado.

Publicamente declarado evangélico e sempre demonstrando tremendo apoio a esse segmento religioso, às vezes por meio de críticas e deboches a outras religiões, o presidente Jair Bolsonaro, em busca do votos no segundo turno das eleições, se declara católico e participa de uma missa na Basílica de Aparecida.

As autoridades eclesiásticas nacionais, principalmente o Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, que presidiu a missa, afirmou, com endereço certo para a fala, que os fiéis devem ter uma “identidade religiosa”.

É compreensível que a presença de Jair Bolsonaro tenha inspirado o religioso a agir assim, porém, não se pode esquecer que muitos católicos vão à missa durante o dia e a centros espíritas à noite, em meio a um sincretismo religioso raro no mundo, mas forte no Brasil.

Porém, é preciso observar que os evangélicos, público muito caro ao presidente Bolsonaro, não compartilham, em hipótese alguma, desse sentimento sincrético.

Os chamados neopentecostais, membros de vertentes comandadas por nomes famosos como Silas Malafaia e Edir Macedo, são os mais incisivos quando o assunto é enaltecer suas igrejas, mesmo que mediante prejuízo à imagem de outras religiões. 

A par dessa realidade, se o presidente já disse que poria no STF um ministro “terrivelmente evangélico”, como de fato fez, como crer em seu profundo respeito à Padroeira do Brasil e aos católicos?

Alguém que já permitiu a divulgação, quando lhe convinha, de imagens suas sendo batizado por pastores evangélicos, como pode ser católico? Balaio de gatos.

Já é digna da pecha de farisaísmo a mistura da política com a religião, sobretudo em campanhas eleitorais mas, quando se observa ação que possa ser assim compreendida partindo de um presidente da República, que diz pautar sua candidatura na ética, verdade e fé, o limite do razoável e aceitável há muito foi ultrapassado.

Ao invés de homenagear Nossa Senhora Aparecida em seu dia consagrado, Bolsonaro acabou por rivalizar com a mesma, na medida em que ele e os seus apoiadores mudaram o foco do evento, inclusive, estes últimos, perturbando a paz. 

Chega de proselitismo religioso! Chega do uso do nome de Deus em vão! Chega de desrespeito à Fé alheia! Menos demagogia política e mais propostas concretas para o Brasil. Afinal, campanha eleitoral de alto nível é assim.

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Sobre José Vieira 177 artigos
Professor, Jornalista, Bacharel em Direito(com OAB), Servidor Público, Pós-graduado em Direito da Comunicação Digital, MBA em Gestão Pública, Pós-graduado em Direito Administrativo

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